Àjo = organização, assembléia, reunião Àwon obìnrin = mulheres. Dúdú = negro(a) Àjo Àwon Obìnrin Dúdú”Esse espaço é a conseguência do Movimento 13 de Maio Abolição não Conclusa para as Mulheres Negras
domingo, 30 de outubro de 2011
4ª Conferência Estadual de Políticas Para Mulheres
A Secretária Marcia Santana e Mãe Carmen de Oxalá, na 4ª Conferência Estadual de Mulheres
Tivemos o privilégio de almoçar na mesa com renomadas feministas, dentre elas estava a homenageada Enid Backes, socióloga, militante do movimento feminista pela anistia e gestora do primeiro órgção público de políticas para as mulheres do RS.
Mãe Carmen na tarde de sábado não pode participar da conferência de mulheres, por ter compromisso de formação para 33 adolescentes no Centro de Atendimento Sócio- Educativo Feminino. Esse desencontro de agenda de compromissos da religiosa teve como conseguência, não conseguindo participar no processo de inscrição de chapa para a escolha de delegados na Conferência Estadual de Mulheres, na conferência nacional fica garantida sua participação como assistênte.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Salve a Força da União das Mulheres Yás
Após a realização da 1ª Conferência de Mulheres Yás na Pedra de Xangô, que ocorreu no mês de setembro, o poder público municipal, tomou uma feliz decisão, que termina com o jogo de braço da prefeitura, com as Comunidades tradicionais de terreiros do municipio, o impasse acontece desde o ano 2007. Para que possa entender o caso, a Pedra de Xango esta localizada na Praia da Alegria, num espaço público que tem um bar e um estacionamento, portanto encontra –se fora dos padrões legais. Assobecaty vem capitaniando, ações maciças de protesto para que se resolva essa situação para ser feito a Praça da Pedra de Xangô . A qual contém uma reserva de ervas sagradas, sendo uma reinvendicação da carta de intensão do 1º Seminário Religião de Matriz Africana e Meio Ambiente. O envolvimento do Ministério Público, no ano passado realizou no local uma audiência pública na ocasião determinou o fechamento da Praça, na tentativa de impedir o estacionamento clandestino.Após a Conferência de Yás a prefeitura interditou o local, colocou uma placa avisando que serão multados carros estacionados, para isso colocou a Pedra na rota dos “azuizinhos”.
As Yalorixás Mãe Geni de Yemanjá e Mãe Carmen de Oxalá ao tomarem conhecimento da interdição, foram até o local para ver as conseguências positivas do evento das Yás de casa tradicionais de terreiros.
Salve o AXÉ do Orixá Xangô.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Centenas de pessoas prestigiaram a 1ª Conferência de Mulheres Yás
ABERTURA DA CONFERÊNCIA DE MULHERES YÁS DE TERREIROS TRADICIONAIS
Participaram de discussões , trocas de experiências , principalmente nos trabalhos de grupo, onde indicaram as propostas de diretrizes, as quais foram objeto de votação no plenária final, cujas resoluções foram pauta finais na 1ª Conferência Estadual de Mulheres Yás de terreiros Tradicionais.
Nos dias 24 e 25 de setembro, datas que ficaram marcadas na história do Estado. O evento ocorreu na Praia da Alegria, possui lugares que fascinam os visitantes,por sua beleza e encantos natural. O cenário é de contemplação, e de tamanha beleza, justifica a digna escolha para o registro oficial da 1ª Conferência Estadual de Mulheres Yás de Terreiros Tradicionais e o 4º Alujá na Pedra de Xangô. Por essas razões temos o compromisso de partilhar a memória visual.
As três edições de conferência estadual de mulheres no estado do Rio Grande do Sul, existia uma laguna, não falavam das necessidades de politicas especificas para as mulheres mães de santo que comandam casas de tradição. Este ano o relatório final da 4ª Conferência, vai constar o protagonismos da 1ª Conferência de Mulheres Yás de Casas Tradicionais, para essa ação foi constituído em GT para organizar um conjunto de casas chamar a conferência, para ser discutido temas de interesses desta comunidade para serem preenchidas as lacunas. Provocando uma intensa movimentação e muita celebração. De acordo com a ficha de credenciamento, centenas de pessoas participaram do evento.
Abertura Mística: Rompe o silêncio com toque de atabaques e cânticos sagrados para os orixás, sob a responsabilidade do Alabe Antônio Carlos de Xangô, mesmo ele tendo reconhecimento é bom reafirmar que Alabê Antônio Carlos é de comunidade tradicional, onde os seus pais biológicos, mãe e Pai e os 30 irmão todos foram tamboreiros. Hoje ele é requisitado no Brasil, assim como em paises que possuem casas que tem as nações do batuque do sul, como autoridade legitima do tambor. Foi o máximo que as mulheres de terreiros se autorizaram a tê-lo para abrir a conferência.
Composição da circularidade -
Senhor Henrique Tavares , Prefeito do Municipio de Guaíba; Senhora Marcia Santana, Secretária Estadual de Políticas para as Mulheres; Senhora Cláudia Mara Borges , Secretária Municipal de Turismo e Cultura ; Senhora Jussara Brito, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher; Senhora Marina Toledo Presidente do Banco de Alimentos de Guaíba; Senhora Geni Costa Leite, Representando as Yás do Municipio de Guaíba; Senhora Valkiria de Oxum Olobá- de São Leopoldo , Representando as Yás do Rio Grande d o Sul; Senhora Angelica Mirinhã, Representando a CMP- central de Movimentos Populares ; Senhora Carmen Lucia Silva de Oliveira- Representando ao Movimento 13 de maio Abolição Não Conclusa para as Mulheres Negras;
Painel: O resgate da História das religiões de Matrizes Africanas.
Painelistas: Historiadora Samanta
Painel 2 – Como Romper com o Preconceito
Painelistas: Mãe Rose – Alvorada
12h – Almoço AJEUM
15h30 – 17h –
Painel: Os Rituais e o Meio Ambiente.
Painelistas Mãe Élida – Associação Cultural do Povo Bantu.
Painel: A Sustentabilidade dos Terreiros tradicionais
Painelistas: Mãe Carmem – ASSOBECATY
Debate
No final da tarde o terreiro Inzo Muzambu Nkisi Kaia dirigido por Mãe Geni de Iemanjá( KAIA), realizou um Toque aos Caboclos da Umbanda.
A atividade Cultural, ficou com o Grupo de Capoeira Guarda Negra, que finalizaram ás atividades do dia 24 de setembro.
A Secretária de Turismo E Cultura preparou uma surpresa com efeito visual, quando anoiteceu, todos ficaram encantados com a iluminação da Pedra de Xangô. Convenhamos, ficou maravilhoso cujo visual destaca a beleza exuberante da Pedra . Lugar que por si só , já fascina os visitantes, pelos seus encantos naturais.Apelo as questões das Comunidades tradicionais de Terreiros.
A noite, aos pé da Pedra de Xangô, estão as guerreiras da Assobecaty, elas trabalharam para garantir a comunicação, alimento,cerimonial, recepção, som e o nosso sagrado. Essas mulheres são uma pequena parte do movimento 13 de maio Abolição Não Conclusa para as Mulheres Negras, são mulheres que lutam no cotidiano para romper com as estruturas machistas e racistas.
DIA 25 BRILHA O SOL NA PRAIA DA ALEGRIA, A MAGESTOSA PEDRA DE XANGÔ A REVOADA DE POMBOS : Aunciam, novos
Este é o anuncio de novos tempos, tempos de esperanças , onde muito em breve teremos o inventário e conseqüentemente o tombamento da Pedra de Xangô. Da mesma forma, que chegou o momento de colocar as necessidades e reivindicações do feminino negro do axé , com uma postura firme de exigir políticas públicas, para as primeiras mulheres a trabalhar e produzir riquezas neste pais. Para isso, usamos o adágio , as primeiras serão sempre as últimas, as evidências apontam assim , por esses motivos , construímos a nossa contribuição para os debates desta Conferência.
É o Manual para fazer a dferença para sempre, para Mulheres Yás, elaborado por mulheres que dirigem casas de axé do estado do Rio Grande do Sul, com o protagonismo do Movimento 13 de Maio Abolição Não Conclusa para as Mulheres Negras, através da iniciativa da casa Tradicional ASSOBECATY- Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá e CMP-Central dos Movimentos Populares, onde vem aprofundando as linhas de ação que consideram estratégicas, para a promoção da igualdade de gênero. As mulheres deste movimento tem pretenção de buscar o “ poder” , isto é a devida reparação , historicamente negada, às mulheres negras, as mulheres de comunidade tradicionais de terreiros de fato, sim aquelas que vivem e enfrentam as dificuldades dentro do Ilê , sem fugir de sua missão e trabalhando para a sustentabilidade para deixar uma religião melhor para as próxima gerações.
9h 12h – Plenária Final
A roda de conversa defesa e aprovação das propostas .
Nesse momento foi lembrado, se os participantes do municipio hoje discutem
Apresentação das proposta Mãe Carmen de Oxalá e Mãe Geni de Iemanjá (KAIA)
Apresentação das propostas Mãe Bere de Oxum e Mãe NIlza
Para a realização deste evento, não foi suficiente ter a ideia, teve que ter a articulação. Foi realizado convites para reuniões de formação de Grupo de Trabalho pró conferência. Diante desta perspectiva esta Conferência de Yás entrou para o histórico das políticas públicas.
Mesmo sendo uma conferência de Yás, foi muito bem vindo apoio masculino, o Antônio Carlos de Xango, foi o que representou o apoio masculino, fazendo o ritual de cânticos dos axé, de fechamento da 1ª Conferência Estadual de Mulheres Yás de Terreiros Tradicionais.
Alabê Antônio Carlos de Xango, tira os axés que sinalizam o fechamento da 1ª Conferência Estadual de Mulheres Yás de Terreiros Tradicionais.
AJEUM
O cuidado com as crianças é que vai garantir o futuro das nossas tradições.
REALIZAÇÃO : CMP – Movimento 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras, ASSOBECATY- Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá, Associação Cultural Povo Bantu – RS, AAFOT- Associação Amigos da Festa de Oxum de Tapes, CMP- Central de Movimentos Populares, Revista Conexão Afro, Sindicato dos Servidores Públicos da CUT/RS.
APOIO: SPM- Secretaria de Politicas Públicas para Mulheres – RS, Prefeitura Municipal de Guaíba – RS, SEDUC-Secretaria de Estado da Educação – RS, SEDAC- Secretaria de Estado da Cultura – RS, SMPM – Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres – São Leopoldo, SEPPIR- Secretaria Especial de Politicas de Promoção de Igualdade Racial – PR, SDH- Secretaria Especial de Direitos Humanos – PR, COMDIM – Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e Banco de Alimentos – Guaíba.
4 º ALUJA NA PEDRA DE XANGÔ
Elas testam o som, e se preparam para a próxima, Assobecaty vai realizar a conferência especifica para a juventude de terreiros .
Esses valores culturais, criados e desenvolvidos , estão aos poucos desaparecendo, mesmo porque ,a forma de vida, também nas zonas urbana, vai rapidamente se modificando. Querer preservá-los em toda sua plenitude é impossível, porque ,não se pode reter o curso da história. O que se pode fazer, e felizmente já começa a se tornar forte uma consciência nesse sentido, é não permitir que desapareça a sua memória. São esses aspectos que conferem a identidade peculiar do sentimento de pertencimento da Pedra de Xangô. Preservar esse espaço é a preservar a memória da raiz africana . Essa é tarefa da atual geração. Nela está empenhada todos os que passaram por este espaço no decorrer de dois dias.
Muita expectativa para o inicio da celebração, Mãe Janaina de Iemanjá e Mãe Walkiria de Oxum Olobá : da cidade de São Leopoldo.
A Pedra de Xangô e Gruta de Oxum é um lugar de ancestralidade na visão humana é vista como bem material, um patrimônio material , para as comunidades tradicionais de Terreiros, o mesmo espaço é entendido como herança de um determinado grupo ou universal, que se perpetua enquanto memória concreta.
Muniz Sodré conceitua muito bem a ancestralidade para o africano” o ancestral será um elemento venerado que deixara uma herança espiritual sobre a terra, contribuindo para a evolução da comunidade ao longo da sua existência. Pelos seus feitos é tomado como referência ou exemplo. Este conceito se alonga à concepção de ações, métodos e instrumentos que proporcionaria vantagens materiais”.
Mãe Ida de Oxum, Mãe Carmen de Oxalá, Mãe Nilza, Mãe Geni, de Iemanjá, Mãe Bere de Oxum, Mãe Viviane de Ogum Mãe Claudia de Iemanjá, Mãe Têtê de Xangô.
Na Foto Pai Ratinho de Iansã, Mãe Ida de Oxum, Mãe Nilza , Mãe Carmen de Oxalá, Mãe Geni de Iemanja, Pai Roni de Ogum Pai Babi, Mãe Claudia de Iemanjá, Mãe Têtê de Xangô, Cacique Alex. Pai Jorge de Adganjú,, Mãe Viviane de Ogum.
http://www.onu.org.br/anoafro2011/
Para as duas atividades que transcorreu em dois dia contou com o pretigio de religiosos e algumas delegações dos municipios de Guaiba, Porto Alegre, São Leopoldo, Viamão, Esteio, Pelotas, Tapes, Eldorado, Barra do Ribeiro, Alvorada, Gravatai.Desta vez , quando anoiteceu a surpresa ficou por conta do artista plástico Valdir Gomes, que iluminou toda a volta da Pedra de Xangô. Lembrando que esta festa ao Orixá Xango está sendo realizada a 4 anos graças ao empenho da Comissão Peermanente da Semana Municipal da Umbanda e das religiões de Matriz Africana , que é composta por religiosos, Mãe Geni de Iemanjá, Mãe Ana de Oxum, Mãe Jane de Obá, Mãe NIlza, Pai Roni de Ogum, Mãe Bere de Oxum , Pai Gerson de Ossanha, Viviane de Ogum, Pai Jorge de Xangô Adganjú, Flora Santa Barbará e Mãe Carmen de Oxalá, que conquistaram o apoio do poder público e da comunidade que vem aderindo o evento .
Nós de Comunidades Tradicional de Terreiros, que vivenciamos e acreditamos nos orixás, podemos afirmar, que fomos autorizados a realizar a vontade dos Orixás, Inkises que foi a realização da 1 ª Conferência de Yás e o Alujá de Xangô. Com essas palavras Mãe Carmen de Oxalá encerrou o evento .